quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nascido em Salvador, Vitor Facchinetti assume: “Tenho o espírito leve do baiano”


Entrevista saída no site da novela 'Balacobaco' Nina Ramos, do R7, no Rio 

Vitor Facchinetti diz que não escolheu a carreira de ator. Ele foi, de certa maneira, escolhido. Desde pequeno ele gostava de fazer imitações e tinha a família como fonte de inspiração e plateia. Aos 18 anos, mergulhou aos poucos no universo das artes. Hoje, 10 anos depois e no ar em Balacobaco, Vitor garante: é isso que quer fazer para vida inteira.
R7 encontrou o ator no intervalo das gravações da novela, no RecNov, Rio de Janeiro. Ele topou na hora dar entrevista e matar a curiosidade dos fãs sobre assuntos como Rafael e Taís (Letícia Medina), sua infância em Salvador e projetos futuros.
Com a fala tranquila, Vitor, um perfeccionista de primeira, contou passo por passo como fez para chegar até Balacobaco. Rafael, ele garante, tem muito de sua personalidade e está sendo um personagem maravilhoso. O ator ainda falou como fez para perder o forte sotaque da Bahia e assume paixão pela terra natal.
Leia abaixo o papo na íntegra:
R7 - Por que você escolheu virar ator?
Vitor Facchinetti -
 Eu fui meio que escolhido, de certa maneira. A minha família é cheia de artistas. Na parte do meu pai tem vários músicos, tenho uma prima atriz e diretora de teatro, e na parte da minha mãe todos são apreciadores de arte. Eu convivi muito com isso e cresci vendo filmes de Luchino Visconti e Stanley Kucrick. Isso foi me estimulando. Além disso, eu vivia imitando as pessoas, já tinha uma veia cômica. Eu acho que o desejo de seguir a carreira partiu daí.
R7 - Mas você já fazia teatro nessa época?
Vitor Facchinetti -
 Eu fiz teatro no colégio. Depois, eu fui para São Paulo estudar com 18 anos e trabalhei com comerciais de publicidade. Eu fiz alguns cursos livres, até que um dia fui convidado para fazer um teste para TV. Eu fiz, mas acabou não rolando. Então fui para o Rio de Janeiro, fiz oficina de atores, participei de uma minissérie e fui indo, indo... E hoje estou aqui.
R7 - Você saiu de Salvador para tentar a carreira mesmo?
Vitor Facchinetti -
 É. Eu fui, primeiramente, como modelo de publicidade e também porque eu queria me sustentar. Tinha aquela coisa de menino que quer ficar independente da família, quer sair de casa. Meu pai me apoiou, é claro, dentro de uma estrutura cuidadosa. Minha família sempre foi próxima e deu suporte psicológico e também em outras situações. Fiquei dois anos lá e, depois do teste, me mudei para o Rio.
R7 - Uma curiosidade: o que você tem de mais baiano na sua personalidade?
Vitor Facchinetti -
 Eu tenho a personalidade forte, o espírito leve, tranquilo. Eu me estresso muito pouco. O baiano é muito de receber as pessoas, e eu adoro receber meus amigos. O povo fala que o baiano é devagar, mas acho que isso é errado. Nós somos muito trabalhadores [risos]. O baiano tem a coisa do “ser gente boa”. Fora as outras coisas, como a capoeira. Eu fiz capoeira desde moleque. Participava de rodas no Pelourinho, na Cidade Baixa... Eu tenho bastante da “baianidade” dentro de mim em vários aspectos.
R7 - Você tem saudades de lá?
Vitor Facchinetti -
 Não, porque estou sempre visitando. Mas eu gosto de ir e passar uma temporada na Bahia.
R7 - Você já perdeu muito sotaque. Como fez?
Vitor Facchinetti -
 Foi um exercício meu diário. São Paulo já suavizou bastante meu sotaque, e quando cheguei ao Rio já era uma necessidade mesmo profissional. Para ter uma preocupação a menos, eu fiz disso um exercício diário, ao invés de ficar com fonoaudióloga em cada trabalho.
R7 - Como está para você a experiência de viver o Rafael?
Vitor Facchinetti -
 É maravilhoso. Todos os personagens são bem-vindos e abraçados com amor. Uma coisa que eu gosto de fazer é a minha profissão. Eu enxergo só coisas boas. Ele tem uma relação boa com a família, apesar da situação com os pais, mas ele é um cara bacana, bom caráter. Isso me dá estímulos bacanas de energia. Ele é um personagem bem diferente do que eu fiz em Ribeirão do Tempo [o André]. O Rafael é mais tranquilo, mais sensato. Não que André não fosse, mas ele era mais impulsivo. O Rafael tem um discernimento das situações como adulto.
R7 - Alguma cena do Rafael te marcou mais até agora?
Vitor Facchinetti -
 Sim, a da briga do Rafael com sua mãe, a Celina (Ingra Liberato). O pai, Vicente (Rafael Calomeni), conta que a mãe estava o traindo e o Rafael vai falar com ela. Foi a que mais me marcou. Eu achei legal quando eu li, quando construí, quando fiz, e quando eu vi no ar. Eu achei que a sequência ficou do jeito que eu queria.
R7 - Você é perfeccionista?
Vitor Facchinetti -
 Muito. Obsessivo e perfeccionista. Eu vejo todas as minhas cenas. Quando não consigo assistir à novela, eu resgato a cena no R7.
R7 - A cena do fora que a Taís (Letícia Medina) deu no Rafael foi uma das mais comentadas nas redes sociais por seus fãs. Na vida real você já tomou algum fora? Como você reagiu?
Vitor Facchinetti -
 Já, claro que já. Eu não me lembro quando foi exatamente, mas já aconteceu. A minha reação foi de “tudo bem”, normal. Assim como você tem o direito de desejar, a outra pessoa tem todo direito do mundo de não querer. Talvez a maior decepção é você desejar aquilo e não ir atrás. O sim é maravilhoso, mas o não também é bom.
R7 - E como é sua relação com a Letícia Medina fora das cenas?
Vitor Facchinetti -
 A Lelê é uma pessoa maravilhosa, é minha amiga desde Ribeirão. Eu a adoro, é gente finíssima. A gente está sempre se falando, principalmente no Twitter, porque ela é super craque.
R7 - Você já tem algum plano para depois da novela?
Vitor Facchinetti -
 Eu vou fazer um curta-metragem com uma galera de Salvador. É um projeto do Glauber Rocha, um personagem bem polêmico que vai ser bem bacana. A gente está em produção e deve começar a gravar em São Paulo a partir do próximo mês, provavelmente.
R7 - Para finalizar, eu gostaria que você mandasse um recado para seus fãs que acompanham Balacobaco.
Vitor Facchinetti -
 Espero que vocês continuem meus fãs [risos]. São vocês que movimentam a minha carreira, e uma das minhas alegrias é ter esse retorno de vocês. No Twitter eu sempre vejo tudo que me mandam. Algumas pessoas falam que eu não estou lendo tudo, mas eu leio, sim [risos]. Eu só não consigo responder. Elas só mandam energias boas.

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